quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Periquitos



O periquito foi trazido para a Europa pela primeira vez pelo explorador e naturalista John Gould em 1840, tornando-se imediatamente uma ave muito popular. De facto, quarenta anos mais tarde os estabelecimentos comerciais de criação, que possuíam mais de 100 mil exemplares, procuravam satisfazer uma procura cada vez maior no continente europeu. As mutações de cor começaram a surgir nos finais do século XIX, aumentando a beleza dos periquitos; as novas cores constituíam uma novidade e representavam lucros financeiros consideráveis para os criadores que tinham a sorte de conseguir criar estas aves. As ex-posições abertas ao público, aliadas à criação do Budgerigar Club (designação que foi alterada mais tarde para Budgerigar Society) em 1925, na Grã-Bretanha, chamaram a atenção de uma camada mais vasta da população para estas aves, cuja popularidade depressa ultrapassou a dos canários. O periquito é, actualmente, o pássaro doméstico mais comum em todo o mundo, existindo milhões de exemplares como aves de estimação, de aviário e de exposição.
Os periquitos são pássaros que se adaptam com facilidade a qualquer meio; o seu habitat natural são as terras áridas e geralmente inóspitas da Austrália. A criação destas aves é fácil, visto serem pouco exigentes em termos de alimentação, mesmo durante o período de reprodução. Ao contrário do que sucede com muitos outros membros da família dos Psitacídeos, estas aves não são barulhentas, não deixando, porém, de ser capazes de reproduzir os sons da voz humana. A sua boa disposição e docilidade natural despertam o carinho das pessoas de todas as idades. Embora possam infligir uma bicada dolorosa se forem manuseados sem o devido cuidado, os periquitos podem ser facilmente chamados à atenção sempre que for necessário e não constituem perigo para as crianças. Além disso, e ao contrário do que sucede com alguns periquitos da Austrália, adaptam-se bem à vida numa gaiola e podem viver oito anos ou mais.
Quer esteja à procura de um pássaro doméstico ou a pensar em instalar um aviário no jardim, verificará que a criação de periquitos é um passatempo relaxante e gratificante. Até se pode dar o caso de decidir levar os seus periquitos às exposições, à medida que o seu interesse por estas aves for aumentando!
Criação:
O primeiro requisito é um local onde os periquitos possam criar. Pode ser um telheiro, uma garagem, uma cave, uma divisão inutilizada ou mesmo um aviário especialmente construído para o efeito. Será uma boa ideia começar num local onde exista muito espaço, ou pelo menos algum espaço que possibilite alguma expansão, o que será inevitável pois, assim que os periquitos começarem a criar o espaço começará a escassear, a não ser que seja psicologicamente muito forte! Lembre-se de que irá necessitar de gaiolas de stock e voadeiras nas quais possa manter as aves quando elas não estão a criar, e os mais novos enquanto decide com quais vai ficar.
Seria também uma boa ideia disponibilizar para as aves uma luz nocturna. As aves tendem para entrar em pânico quando são deixadas no escuro e existe um barulho ou algum flash de luz que elas não conhecem. Quando as luzes principais se apagam, deve deixar-se uma luz de baixa voltagem acesa que proporcione luz suficiente às aves sem as manter acordadas. Isto também ajuda a evitar a possibilidade de uma fêmea deixar o ninho durante a noite e depois não conseguir encontrar a entrada para o seu ninho, deixando os ovos arrefecer ou as crias morrer de frio.Tem também de decidir se vai criar por prazer, por novas cores ou para exposições. Isto irá influenciar bastante o tipo de aves a comprar e o preço a pagar.A maioria das pessoas começa pelo gosto das variedades de cores que pode encontrar nos periquitos. Neste caso pode adquirir as suas aves em qualquer lugar onde as possa encontrar à venda mas certifique-se de que são saudáveis. Se pretende entrar em exposições e tem uma natureza competitiva, então compre os melhores periquitos que puder a criadores com alguma reputação.Uma sugestão para quem quer comprar pássaros de qualidade para exposições é, levar a nossa melhor ave numa gaiola e perguntar ao criador se a podemos comparar com aquela que queremos comprar. O mais provável é o criador não querer que a nossa ave entre no seu aviário, devido ao risco de infecções, mas provavelmente não se oporá a que compare as duas aves fora do aviário. É muito fácil deixar-se levar num aviário de outra pessoa e, quando chegamos a casa, descobrimos que já temos aves melhores que aquela que acabamos de comprar. Se procurar por um parceiro(a) para uma ave em particular, então leve-a consigo, de forma a poder verificar se a sua escolha se adequa para essa ave em particular.Seja qual for o motivo pelo qual pretende começar a criar periquitos, três casais serão um bom começo. Dar-lhe-ão alguma experiência de criação sem que tenha de ter muito trabalho. Terá tempo para conhecer as suas aves, o seu comportamento e as suas necessidades.Certifique-se de que as aves estão em condições para criar antes de as encasalar. Isto significa que elas deverão ser activas, as fêmeas deverão cantar e roer tudo o que vêem e os machos deverão chamar-se e alimentar-se uns aos outros. Normalmente, a cera dos machos torna-se num azul mais brilhante enquanto que a das fêmeas fica ligeiramente mais castanha. Isto nem sempre se verifica pois, em algumas fêmeas a cera parece nunca variar mas mesmo assim criam bem.Será também uma boa ideia separar os machos das fêmeas algumas semanas antes do momento em que deseja que comecem a criar. Durante este tempo deve preparar as gaiolas nas quais os casais irão criar. As gaiolas completamente em metal são mais fáceis de limpar e ajudam a evitar os parasitas, não lhes dando nenhum local para se alojarem. Outra vantagem é que a fertilidade aumenta uma vez que os periquitos são aves de bando e que criam melhor em comunidade, assim, sendo as gaiolas todas em metal, as aves podem ver-se e têm uma ideia de colónia. Outra possibilidade é a criação em colónia. Se esta for a sua decisão, deverá então colocar no aviário pelo menos dois ninhos por cada fêmea de forma a evitar as lutas quando elas decidem todas querer o mesmo ninho!

Se preferir também pode utilizar material de madeira ou de plástico, de forma a facilitar a limpeza, com frentes de metal. Irá necessitar também de ninhos ou no chão da gaiola ou suspenso no exterior da mesma. Normalmente os ninhos suspensos são colocados numa das portas da gaiola. Pode também utilizar uma pequena camada de serradura no fundo do ninho (mas atenção, utilizar apenas serradura de pinho pois outras podem ser tóxicas, nomeadamente de madeiras exóticas) que ajuda a absorver as fezes das aves contribuindo para uma maior higiene e previne também que os ovos rolem no fundo do ninho sempre que a fêmea entra e sai.

De forma a prevenir infecções de parasitas, uma vez nascidas as crias deve limpar os ninhos regularmente (uma vez por semana por exemplo) e pulverizá-los com um insecticida próprio para aves (durante esta operação deve retirar as crias do ninho).

Se pretender assegurar que todos os ovos serão fertilizados poderá ser uma boa ideia aparar as penas (ou mesmo arrancá-las) quer do macho quer da fêmea na zona do ventre antes de os juntar na gaiola de criação e poderá fazê-lo também entre cada postura. No caso de estar a contar com alguma destas aves para alguma das primeiras exposições da época, deverá considerar bem este facto pelo que as pelas levarão bastante tempo a crescer novamente. Após formar o casal poderá esperar 21 dias para ver se produzem ovos. Se neste espaço de tempo não puserem nenhum ovo poderá separar o casal e tentar parceiros diferentes ou colocar os dois nas gaiolas de vôo durante algumas semanas antes de voltar a tentar juntá-los novamente. Na maior parte dos casos as fêmeas começam a pôr após 10-12 dias. A fêmea põe um ovo de dois em dois dias até finalizar a postura, que pode variar entre 3 e 9 ovos. Os ovos levam 18 dias a eclodir e, se todos foram fertilizados, as crias eclodirão de 2 em 2 dias. É possível também em alguns casos que o primeiro ovo demore mais que 18 dias a eclodir.
As aves irão necessitar de nutrientes extra durante o período em que alimentam as crias pelo que, deverá colocar à disposição das aves papa de criação além de também poder adicionar um tónico vitamínico na água da bebida.

Canguru


canguru é um mamífero, pertencente à família dos Macropopídeos e à ordem dos marsupiais, que habita a Austrália, Nova Guiné e ilhas vizinhas. O nome canguru tem sua origem numa língua australiana e quer dizer “não sei”. As principais características destes animais são: patas traseiras bem desenvolvidas e a existência do marsúpio (espécie de bolsa que a fêmea tem no abdômen e onde o filhote se alimenta e termina seu desenvolvimento).
Existem diversos tipos de cangurus. No primeiro grupo encontramos os grandes cangurus, dentre os quais podemos destacar o canguru gigante, ou canguru cinza e o canguru vermelho, estas são as duas espécies mais conhecidas. Há outra espécie, um pouco menor, com cores mais brilhantes chamados wallabies (ou ualabis) e o canguru arborícola, cujas principais características são: formato mais robusto, uma cauda longa e semelhança de tamanho entre os membros inferiores e superiores. No segundo grupo estão os ratos-canguru, animais menores que lembram ratos. O terceiro grupo é formado pelo rato-almiscarado-marsupial, animal também parecido com um rato e que tem um rabo escamoso e sem pêlos.
Os cangurus são animais que possuem cabeça pequena e orelhas grandes, suas patas dianteiras são curtas e têm cinco dedos, as patas traseiras são grandes e possuem quatro dedos, sendo que no dedão estes animais possuem uma garra usada para defender-se. Os maiores cangurus, quando eretos e na idade adulta, podem chegar a dois metros de altura, seu peso atinge os 85 kg.  O filhote de canguru nasce pouco desenvolvido (cego, sem pêlos e com tamanho reduzido – 2 cm de comprimento), após três semanas de gestação nasce somente um filhote. Como nascem muito frágeis, os filhotes vivem durante os primeiros seis meses dentro do marsúpio, onde encontram calor, proteção e leite. Só a partir do sétimo mês é que o filhote começa a se aventurar em terra firme, depois de um ano a cria torna-se completamente independente.
Há uma característica que diferencia os cangurus de outros marsupiais: na hora do salto, os cangurus são capazes de associar o movimento do rabo com o das patas, para obter um maior deslocamento. Quando saltam podem atingir até 5 metros de distância. O habitat dos cangurus são as planícies e as florestas. Sua dieta é feita de frutas e vegetais, sendo que o rato almiscarado, também se alimenta de pequenos animais. Durante pequenos espaços de tempo um canguru pode atingir até 50 km/h. A idade destes animais oscila entre 12 e 25 anos, dependendo da quantidade de alimento disponível.

Macacos

Nas Américas do Sul e Central, habitam principalmente as florestas úmidas. A maioria dos macacos é arborícola (vivem em árvores). Apenas algumas poucas espécies, como os gorilas e mandris, preferem o solo. Alimentam-se de folhas, frutos, sementes, pequenos anfíbios, caramujos e pássaros. A maioria vive em bandos, chefiados por um macho, que é o mais forte. A função do chefe é guiar o bando na busca por alimentos, manter a ordem interna e organizar a defesa em caso de perigo. Os filhotes permanecem longo tempo junto das mães, aprendendo quais os alimentos que podem comer, como encontrá-los, quais os animais perigosos e outras lições que lhe serão úteis na vida adulta. Vivem geralmente de 10 a 15 anos. Os macacos do Novo Mundo caracterizam-se por ter o nariz chato, com os orifícios nasais separados e voltados para os lados (ou seja, são platirrinos); e pela cauda, que costuma ser preênsil. Os macacos africanos e asiáticos são catarrinos: a separação entre os orifícios nasais é estreita e estes são voltados para diante e para baixo. Outra de suas características é a presença de uma área pelada e calosa nas nádegas. Chimpanzé Mamífero antropóide da África equatorial. Pela sua estrutura física e genética, é considerado o mais aparentado com o ser humano, e são os mais inteligentes dos símios (nome comum que engloba várias espécies de primatas aparentados). Tem o corpo robusto, os braços longos e a pelagem de cor negra. A cara e as palmas das mãos e dos pés não têm pêlos. As orelhas, os lábios e os arcos superciliares são pronunciados. Os chimpanzés comunicam-se mediante um amplo registro de vocalizações, expressões faciais e posturas, assim como por meio do tato e do movimento corporal. São animais que mostram grande inteligência para resolver problemas e para usar ferramentas simples, como quando introduzem pequenos palitos para extrair os cupins de seus ninhos. Classificação científica Família - Pongídeos Ordem - Primatas Gênero - Pan. Macaco-Aranha Nome de duas espécies e quatro subespécies de macacos encontrados na Amazônia e em outros países das Américas do Sul e Central. São também chamados de coatá, têm membros desproporcionalmente longos e extraordinária agilidade, apesar de seu tamanho (1,40 m de comprimento até a cauda). Animais arborícolas, têm a cauda preênsil. Comem folhas, frutos e insetos, e para alguns caçadores, constitui a carne mais saborosa da Amazônia. As subespécies são coatá-de-barriga-clara, de-testa-branca, de-cara-vermelha e de-cara-preta. Classificação científica Família - Cebídeos Espécies são Ateles belzebuth e Ateles paniscus. Gorila Mamífero, é o maior e mais poderoso macaco antropóide. Um gorila macho pode alcançar uma altura de até 2 m e um peso de 250 kg. Habita a floresta ocidental da África equatorial e florestas e montanhas do Congo. Tem o pêlo grosso e de cor quase negra, que se torna cinza nas costas dos machos velhos. A cara é curta e desprovida de pêlo; o nariz é chato, com aberturas nasais largas e o arco superciliar, proeminente. Emite um berro ululante quando está alarmado, grunhidos agudos para repreender um subordinado e grunhidos baixos para expressar prazer. Todos os gorilas golpeiam-se no peito; esse comportamento serve ao macho para demonstrar seu poder e autoridade e como intimidação. Na atualidade são considerados uma espécie ameaçada de extinção, por causa da destruição de seu habitat e da caça clandestina. Classificação científica Família - Pongídeos Superfamília - Hominídeos Ordem - Primatas Espécie - Gorilla gorilla Gibão Vive na parte meridional da península de Malaca, na Birmânia e na Tailândia. São macacos pequenos (70 a 80 cm de comprimento), arborícolas (vivem em árvores), de membros anteriores muito longos e corpo coberto de um pêlo espesso de várias cores. No solo, marcham espontaneamente sobre os pés. Orangotango Bornéu e Sumatra são habitats do orangotango, palavra que, em malaio, quer dizer "homem da floresta". Os machos vivem sozinhos, com uma fêmea, ou em pequenos grupos familiares. Classificação dos Antropóides Ordem - Primatas Subordem - Antropóides Superfamílias - Cercopitecóides (Catarrinos - Velho Mundo) e Hominóides. Família dos Cercopitecóides :Cercopitecídeos. Hominóides: Pongídeos e Hominídeos Gêneros e Espécies dos Cercopitecídeos Macaca nemestrina (macaco-rabo-de-porco) Theropithecus gelada (gelada ou babuíno-leão) Cynopithecus niger (macaco-negro) Mandrillus sphinx (mandril) Mandrillus leucophaeus (dril) Comopithecus hamadryas (babuíno-sagrado) Cercopithecus (guenon ou guereza) Cercocebus (Mangabeys) Erythrocebus patas Colobus (colubus) Semnopithecus langur (macaco-folha) Rhinopithecus (macaco-narigudo) Nasalis larvatus (macaco-trombudo) Gêneros e Espécies dos Pongídeos Hylobates sp. (gibão) Symphalangus syndactylus (siamango) Pan troglodytes (chimpanzé) Pongo pygmaeus (orangotango) Gorilla gorilla (gorila) Gênero e Espécie dos Hominídeos Homo sapiens (homem) Fonte: www.webciencia.com Macaco Macaco no sentido lato é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropóides (exceto o homem), aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral. A designação mico, também bastante usada no Brasil, costuma aplicar-se às espécies do gênero Cebus, no Sul, e às espécies de pequeno porte, ou sagüis, no Norte. No sentido estrito, macaco refere-se às espécies de primatas pertencentes ao género Macaca. A maioria dos macacos vive em países quentes, alimentando-se de frutas e de sementes. São geralmente animais inteligentes, sociáveis. Os chamados grandes macacos (sentido lato), - chimpanzé, gorila, orangotango - são atualmente os animais mais próximos do homem, pertencentes à família dos hominídeos

Cavalos

 O cavalo é descendente de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parece ter se iniciado com um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura. Os antecessores do cavalo, são originários do Norte da América mas extinguiram-se aí por volta do Pleistoceno há cerca de cento e vinte mil anos.

As raças de cavalo, de maneira geral, são muito semelhantes em sua forma física, possuindo corpos bem proporcionados, ancas possantes e musculosas e pescoços longos que sustentam as cabeças de acentuada forma triangular.

As orelhas dos cavalos são pontudas e móveis, alertas ante qualquer som, e a audição é aguçada. Cavalos selvagens foram difundidos na Ásia e Europa em épocas pré-históricas, mas as vastas manadas foram se esgotando através das caçadas e capturas para domesticação.

No Brasil, as primeiras raças de cavalo foram introduzidas em três momentos distintos: a primeira leva veio em 1534, na Vila de São Vicente; a segunda, em Pernambuco, em 1535; a terceira, na Bahia, trazidos por Tomé de Sousa. Confira abaixo algumas das principais raças de cavalos conhecidas no Brasil.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Avestruz


Caracteristicas
Ave de grande porte, pode alcançar na fase adulta de 2 a 2,5 m de altura e de 100 a 150 kg de peso; notável animal corredor (atinge até 60 km/h); possui pés com dois dedos, dos quais apenas um com unha.

Seu aparelho digestivo é semelhante ao dos ruminantes: ou seja, não possui papo, possui 2 estômagos, 2 cecos, longo intestino grosso, digestão bacteriana e alimenta-se de ração e pasto verde.

Dotado de vida longa (50 a 70 anos de vida), a ave conta com 20 a 30 anos de ciclo reprodutivo - início com 2-3 anos. Uma fêmea põe de 40 a 100 ovos por ano que, pesam aproximadamente de 1,2 a 1,8 Kg e são incubados em média por 42 dias.

O Dimorfismo sexual é marcante: nos adultos o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, entretanto tal diferença só aparece a partir de 1 ano e meio de idade. É um animal bastante rústico, muito resistente a doenças e possui uma ótima capacidade de adaptação climática, suportando bem altas e baixas temperaturas.


Filhotes/Matrizes
Na fase atual, é a maior fonte de renda para os criadores, pois o Brasil está na fase de formação dos plantéis.

O Avestruz já vem sendo criado no Brasil há alguns anos como animal de Zoológico, mas não para fins produtivos. Várias tentativas haviam sido feitas neste sentido, mas a falta de informações e experiência com o animal levaram estes ensaios ao fracasso, criando-se a falsa concepção de que o Avestruz é um animal frágil e difícil de ser criado .

Em maio de 1995, a NovAvis Avestruzes do Brasil Ltda, contando com conhecimentos técnicos adquiridos no exterior, implantou em Bragança Paulista (SP) o primeiro criatório comercial de avestruzes do Brasil.

O objetivo principal deste operação é a difusão da exploração comercial do animal – a exemplo do que vem ocorrendo com grandes sucessos nos Estados Unidos, África, Europa, Isrrael e Austrália – despertando o interesse do mercado nacional para os seus principais produtos: carne, couro e plumas.

A criação comercial de avestruzes não é difícil, é preciso conhecer as técnicas adequadas. Cada animal tem necessidades específicas em termos de instalações, manejo, alimentação etc. . A maior dificuldade encontrada hoje pelos novatos nessa criação aqui no Brasil é falta de técnicos preparados que dêem assistência ao criatório.

A escolha de iniciar-se nessa nova atividade econômica deve ser feita com conhecimentos não só das vantagens mas também de todas as potencialidades e desafios encontrados hoje no Brasil.

Histórico da criação
O Avestruz começou a ser criado na África do Sul, na metade do século passado, para produção de plumas. Era uma criação extensiva, os animais não eram abatidos, as plumas eram cortadas dias vezes por ano e exportadas para a Europa e Estados Unidos. O animal foi introduzido na Austrália no século passado para exploração comercial. A criação foi abandonada no início deste século, os animais ficaram soltos e se tornaram selvagens.



No início do século XX (com a I e II Guerra Mundiais e a quebra da bolsa dos EUA) houve um colapso do mercado de plumas; por alguns anos a criação de avestruzes ficou desprovida de interesse econômico. Na década de 60 começou a desenvolver-se novamente graças a valorizações de outros produtos do animal: a carne e o couro.

Atualmente a África do Sul tem o maior plantel no mundo, por ser o avestruz originário dessa região e por ser este o pais que primeiro iniciou a criação comercial há cerca de 100-150 anos. O segundo maior plantel está nos Estados Unidos, mas também a Austrália, Israel, Canadá e outros países têm um número considerável de animais.

Distribuição geográfica e diferentes raças
O avestruz é originário da África (Namíbia, Botswana, África do Sul).

Comercialmente se definem 3 raças de "avestruz": black nec (ou pescoço preto), red nec (pescoço vermelho) e blue nec (pescoço azul). Esta classificação se baseia na coloração de pele dos adultos. Na verdade todos apresentam a mesma coloração das plumas ( machos pretos e fêmeas cinza). O avestruz black nec ( também conhecido como African black) é na verdade um animal domesticado, fruta da seleção enpírica feita pelos sul-africanos ao longo dos últimos 150 anos.

Os animais foram selecionados em base a certas características produtivas:

Maior fertilidade e precocidade (maior número de ovos, início da postura mais cedo);

Docilidade (manejo mais simples);

Alta densidade de plumas.

As "raças" red e blue nec são de maior porte, mas iniciam a postura mais tarde e são agerssivas. Hoje não se pode dizer que uma raça seja melhor do que a outra: nos EUA, os criadores de Red e Blue Nec denigrem o African black e os criadores do African black denigrem os "coloridos"... Há muito trabalho a ser feito em termos de melhoramento genético cruzando as diferentes raças.

Classificação
Podemos incluir o avestruz no grupo das ratitas, aves corredoras de grande porte (como a Ema, o Meu e o Casuar). O termo "ratitas" vem do latim, significando "jangada". O esterno dessas aves é plano, desprovido de carena, ao contrário das aves voadoras. A carena, nas aves voadoras, é sede de inserção dos potentes músculos peitorais.

O avestruz, não é uma ave voadora, logo, não tem peitorais desenvolvidos como um pato ou uma galinha. Deste fato decorre uma importante peculiaridade produtiva do avestruz: a maior quantidade de carne produzida não estará no peito mas nas coxas, já que se trata de animal corredor.

No grupo da ratitas temos
O avestruz (Struthio camelus australis), originário da África do Sul;
A ema, encontrada na América do Sul ( Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai);
O casuar, natural da Nova Guiné;
O meu australiano.

Características
Grande porte, alcançando quando adulto de 2 a 2,5 m de altura e de 100 a 150Kg de peso;

Temperatura corpórea 38-39 Cº (é uma temperatura baixa para ave, a galinha por exemplo, tem um temperatura corpórea em torno de 40-41 Cº);

Aparelho digestivo semelhante ao de ruminantes (sem papo, 2 estômagos, 2 cecos e intestinos longos, digestão bacteriana);
Asas rudimentares, não voam;

Animal corredor (atingindo até 60Km/h);

Pernas longas;

Vida longa (50 a 70 anos de vida), contando de 20 a 40 anos de vida reprodutiva;

Início da vida reprodutiva com 2-3 anos; há, contudo, relatos de avestruzes criados em zoológicos no Brasil que iniciaram a postura com 18 meses;

Dimorfismo sexual marcado: nos adultos o macho é preto com as pontas das asas brancas e a fêmea é cinza, tal diferença só a partir de 1 ano e meio de idade;

O pé tem dois dedos, dos quais apenas um com unha.

Ambiente
Originário das regiões semi-áridas, planas (savana africana), na altura do Trópico de Capricórnio;

Tem uma ótima capacidade de adaptação (criado com sucesso no Canadá, Estados Unidos Europa, Israel) suportando altas e baixas temperaturas.

Comportamento
No estado selvagem

Vive em bandos separados de machos e fêmeas.

Durante a temporada reprodutiva os machos formam haréns em que há uma fêmea dominante.

A fêmea choca os ovos durante o dia e o macho durante a noite.

Em cativeiro

O manejo pode reproduzir organização no estado selvagem, com o macho sendo posto num piquete com uma ou mais fêmeas. Contudo uma das fêmeas será predominante, ou seja, será mais coberta pelo macho. As outras fêmeas serão menos cobertas e conseqüentemente botarão menos ovos fecundados (que não gerarão filhotes).

Por este motivo não convém por muitas fêmeas para um só macho; em geral nos criatórios comerciais os animais são postos em piquetes formando casais ou no máximo trios (um macho e uma fêmea ou 2 fêmeas).

Ovos

pesam de 1.200 a 1800g. O seu sabor é muito semelhante ao ovo de galinha. Hoje não se consome porque fará nascer um pintinho que vale muito mais.

Produtividade
O avestruz alcança o peso de abate (100 a 120 Kg) por volta de 12 meses de idade, produzindo em média de 30 a 40Kg de carne: 15Kg de carne de primeira, ou seja, de pedaços mais inteiros (tipo filé) e 15Kg de carne de segunda, assim chamada não por tratar-se de carne de menor qualidade em termos de composição ou maciez, mas, porque vem mais picadinha, sendo ideal para a preparação de pratos tipo strogonoff ou hamburgers.



Cria: de 0 a 3 meses

lnstalações, manejo e alimentação:
. mantê-los abrigados à noite ou quando chove, em galpão coberto, de pelo menos 20 m2 (6-10m2/animal);

. aquecidos com campânulas a gás se a temperatura é inferior a 20ºC;

. piquete ao ar livre de 50 m2 para 4-6 animais.

. jejum nos primeiros 2 a 5 dias;

. ração com 22% de proteína

. introduzir pasto aos poucos a partir do 1º mês.

Patologias
Um avestruzinho saudável está sempre em movimento, ciscando no chão, andando, correndo em grupo com a cabeça bem alta. Se um animal fica parado (em pé ou sentado), anda com a cabeça baixa, se isola do grupo e fica piando, provavelmente está doente. Apresentamos a seguir os problemas mais comuns enfrentados nesta fase de desenvolvimento e algumas sugestões de tratamento. a mortalidade nesta fase é em tomo de 30%.

Manejo e alimentação adequados podem melhorar os resultados produtivos, mas poucos criatórios, no mundo todo, conseguem taxas de mortalidade inferiores a 20%.

Incompleta absorção do saco vitelino

Com conseqüente infecção e morte do animal - é um dos maiores problemas encontrados nos primeiros 15 dias de vida.

Deformidades nas patas

Decorrentes do intenso período de crescimento dos filhotes; temos rotação de dedos, perna ou coxa, ou deformidades nos ossos ou articulações. A solução é difícil: a colocação de talas, cirurgia ou o uso de suplementos minerais não reverte uma deformidade já instalada.

Entorses, deslocamentos, traumatismos

Massagear a parte afetada com Calminex pomada.

Apatia, anda com a cabeça baixa

Antibiótico terapia + soro.

Diarréia (fezes muito moles, misturadas com a urina)

Se o animal está bem, ativo, pode ser excesso de grama => diminua a quantidade de grama.

Se o animal está apático, de cabeça baixa: antibiótico terapia + soro

Nome comum: Avestruz
Nome científico: Struthio camelus
Nome em inglês: Ostrich
Filo: Chordata
Classe: aves
Ordem: Struthioniformes
Família: Struthionidae
Altura: 2 m (média)
Peso: até 135 kg
Curiosidade: Dois dedos em cada pé. Asas atrofiadas. Penugem escassa na cabeça, pescoço e pernas.
Ninhada: uma por ano (10 a 12 ovos)
Período de incubação: 40 a 42 dias


A avestruz pode ser considerada a maior e a mais pesada das aves. É considerada uma ave primitiva.

Quase nenhum animal terrestre pode competir com ela em velocidade; quando perseguida chega a atingir e a ultrapassar os 95 km/h.

A sua mais conhecida característica : Quando tem medo, põe a cabeça debaixo da terra!

O avestruz, Struthio camelus, é a maior das aves vivas, com uma altura de 2,4m e 150kg. É originário da África (Namíbia Botswana, África do Sul), e também em certas zonas da Arábia. É a única que pertence à família Struthioniformes. São aves polígonas e não migratórias. Adapta-se com facilidade e vive em áreas montanhosas, savanas ou planícies arenosas desérticas. Seus hábitos alimentares são onívoros, o avestruz come ervas, folhagem de árvores, arbustos e todo pequeno vertebrado e invertebrado que consiga capturar.

Embora não voe, por ter asas atrofiadas, as longas, fortes e ágeis pernas, permitem que ele atinja até a velocidade de 120 km/h com vento favorável (média de 65 km/h), pois em uma só passada cobre 4 a 5 metros. Tem o pescoço longo, a cabeça pequena, e tem dois dedos muito grandes (em cada pata) que se assemelham a cascos.
Pode correr a velocidade de 70 km/h e proporcionalmente, o olho do avestruz é o maior de todos os animais e possuem visão e audição apuradas.

Podem viver de 60 a 70 anos. A idade de um avestruz jovem é facilmente identificada pela plumagem, mas após se tornar sexualmente ativo é praticamente impossível saber a idade de um avestruz.

Apresentam dimorfismo sexual. O macho apresenta plumagem preta e as asas com plumagem branca após os 15-16 meses e a fêmea apresenta plumagem marron-acinzentada.

Geralmente as fêmeas são dóceis, mas os machos podem se comportar agressivamente em épocas de reprodução e serem bastantes perigosos se não manejados corretamente. O chute é a sua grande arma, podendo alcançar facilmente o rosto de uma pessoa, com as suas grandes unhas.

Seu cérebro tem o tamanho de seu olho e pesam ao redor de 40 gramas.

São animais onívoros, mas basicamente se alimentam de vegetação e são excelentes nadadores. São aves territorialistas e o machos defendem arduamente contra outros machos que invadam o seu espaço.

Atualmente o habitat natural do avestruz está bem reduzido e se localiza na África ao sul da linha do equador. Se movem em grupos e caminham de 10 a 40 km por dia em busca de alimentação e água.

Os avestruzes se adaptam bem a várias regiões, haja vista, que os avestruzes selvagens vivem em regiões semi-desérticas com grandes variações de temperaturas.

Reproduçao

A fêmea do avestruz atinge a maturidade sexual entre 2 e 3 anos, e o macho entre 3 e 4 anos, com os avanços sobre a qualidade nutricional das rações utilizadas, encontramos uma redução significativa da idade de reprodução.

As fêmeas podem colocar ovos por 30 - 40 anos. A compatibilidade reprodutiva entre macho e fêmea é fundamental para a produção comercial.

As fêmeas botam em média 40 ovos por ano, podendo atingir uma postura acima de 100 ovos por estação (dependendo do clima e correta nutrição das aves). O período reprodutivo vai de julho a fevereiro na região Sudeste.

O ovo de avestruz mede entre 15 e 20 cm e pesam ao redor de 1,0 a 1,5 kg. Proporcionalmente ao tamanho da fêmea do avestruz, os ovos são considerados pequenos.

O Período de incubação é em média 42 dias e os filhotes nascem em média com 0,8 a 1,2 kg e crescem 30 cm por mês até os 6 meses pesando ao redor de 60 kg.

O clima é de grande influência na produção de avestruzes. A temperatura e a chuva afetam as aves, mas principalmente o foto-período. Nos machos a duração do dia e a quantidade de luz natural está diretamente ligada à produção de sêmen .

A dança de cortejo dos machos é única, um balé digno de ser visto.

As fêmeas colocam ovos em ninhos construídos pelos machos a cada 2-3 dias.

Os órgãos sexuais dos machos são pequenos até que se aproximam da maturidade sexual. Aos 18 meses os testículos tem o tamanho de um dedo e na maturidade o tamanho de um punho de homem adulto. Uma vez terminada a estação reprodutiva seus testículos se encolhem.

O interessante é deixar as aves jovens escolherem seus parceiros. É a fêmea quem escolhe o macho. As fêmeas na fase de reprodução apresentam as asas caídas e com movimentos vibratórios que provocam um som, dizemos que a ave está "clocando". Seu pescoço apresenta movimentos quando está na posição paralela ao solo e apresenta pequenos golpes com o bico e levemente vai agachando sobre suas pernas.

O macho se aproxima da fêmea, parecendo "sapatear" em cima dela. Começa a "dançar"sobre ela, movimentando o seu pescoço de um lado para o outro, com suas asas abertas sobre a fêmea. Sua cabeça toca o seu corpo de um lado e do outro. Ocorrendo então a cópula da fêmea. Este processo ocorre várias vezes ao dia.

O orgão genital masculino do avestruz deposita o sêmem perto do oviduto da fêmea. O esperma é ejaculado em sua cloaca.

Na época da reprodução o macho apresenta o bico, em volta dos olhos, o pescoço e suas pernas com uma coloração vermelha forte, em virtude de hormônios produzidos mostrando que a sua fertilidade está alta. Se mostrará mais agressivo com os demais machos que se apresentam em sua proximidade.

Vale lembrar que a alimentação dos reprodutores deve ser balanceada para que obtenhamos a máxima produtividade das fêmeas e a máxima fertilidade dos machos.

O clima também influi. A natureza tenta sempre maximizar o nascimento dos filhotes, o que leva a fêmea a diminuir a produção de ovos em épocas muito chuvosas.

Alguns produtores tem conseguido que as fêmeas botem em ninhos protegidos da chuva por coberturas. Eles colocam falsos ovos nos ninhos que induzem a fêmea a realizar a postura nestes ninhos.
Resposta: Após a fecundação do óvulo pelo esperma inicia-se a divisão celular. Com a postura do ovo, cessa-se a divisão celular até que se inicie a incubação ou até que o ovo esteja exposto ao calor.

Os ovos de avestruz são de forma ovalada, com uma casca que lembra uma porcelana e com um grande número de poros. A casca tem cerca de 2 mm de espessura e pode suportar grande peso.É constituída principalmente de carbonato de cálcio. Pesa entre 750 e 1600 gramas e equivale a aproximadamente 24 ovos de galinha. Mede em média 13 x 16 cm. Existem portanto ovos de tamanhos, pesos e porosidade variados, que dependem da espécie e da idade da fêmea.

Normalmente os ovos muito pequenos e os muito grandes tem poucas possibilidades de estarem férteis.

O ovo já contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião. A composição do ovo é de 20-24% de casca, sendo o restante gema (1/3) e albumina(2/3). A gema proporciona energia para o embrião e a albumina água, proteínas, vitaminas, etc. A albumina garante uma proteção física e antimicrobiana para o embrião.

A gema possui 5% água, 30% lipídeos e 17% proteínas e outras substâncias, sua função é nutrir o embrião.

O cálcio é um dos minerais mais importante para o embrião, que é obtido primeiramente da gema e depois da capa interior da casca.

A nutrição dos reprodutores é fundamental para que os ovos contenham todos os nutrientes que o embrião necessita. Se ocorrer deficiência nutricional no ovo o embrião não se desenvolverá e será mal formado ou morrerá.

A coleta dos ovos deve ocorrer tão logo ocorra a postura, que geralmente ocorre no final da tarde. Quanto mais seco estiver o clima e o ninho, menor será a probabilidade de infecção e contaminação dos ovos.

Devem ser coletadas com sacos plásticos evitando contato com as mãos e demais ovos, sempre tomando cuidado com os machos que podem reagir agressivamente.

A identificação do ovo ocorre no momento da coleta. Sendo marcado o piquete de coleta e a data da postura no próprio ovo com lápis.Verificando sempre se não existem trincas, defeitos ou sinais de contaminação que desqualificam o ovo para a incubação.

Quanto maior a diferença de temperatura entre o ovo e o meio ambiente, mais rapidamente o ovo se resfriará maior será a contração do conteúdo interno do ovo, facilitando a sucção que poderá aumentar a entrada pela casca de bactérias e vírus.

O correto manejo e cuidado com as fêmeas reprodutoras, a coleta correta dos ovos e a boa desinfecção dos ovos, o armazenamento e a bio-segurança na incubação e nascedouros, evitam problemas de contaminação e infecção dos ovos.


Habitat

Esta espécie relativamente comum no seu habitat, vive no Leste e no Sul do continente africano, habitando zonas secas e semi-desérticas, de savana e deserto.
Caracterização

A avestruz é a maior ave do mundo, podendo atingir 2,5 metros de altura e pesar cerca de 160 kg. Demasiado pesada para voar, esta ave de pescoço nu é uma excelente corredora, que consegue deslocar-se a 70 km/hora durante meia hora. É também a única ave que possui dois dedos em cada pata, um dos quais possui uma garra afiada utilizada para defesa/ataque.

Machos e fêmeas apresentam plumagem diferente: maioritariamente cinzenta nas fêmeas e preta e branca nos machos. Esta ave tem audição e visão muito apuradas. A avestruz é omnívora: a sua dieta é composta por sementes, folhas, ervas e, ocasionalmente, insectos e pequenos invertebrados.

Cada ovo de avestruz equivale, em peso, a duas dúzias de ovos de galinha, podendo pesar 1,5 kg e medir 16 cm no seu lado maior.

As avestruzes vivem em grupos constituídos por machos e fêmeas. Aquando do acasalamento, o macho protagoniza uma parada nupcial para atrair o maior número de fêmeas que conseguir (geralmente três ou quatro). A «coreografia» inclui a flexão das patas, acompanhada pelo agitar das longas penas brancas das asas, acompanhado por movimentos rítmicos do pescoço. A fêmea escolhe o que considera ser o melhor macho com base na actuação e no ninho (uma depressão cavada no solo) por ele feito. Neste ninho são depositados os ovos de todas as fêmeas que escolheram o macho em questão. A incubação dos ovos (até várias dezenas) dura quarenta dias e fica a cargo do macho (durante a noite) e das fêmeas (durante o dia).

Curiosidades

Se está a pensar em ter uma avestruz no seu quintal, pense a longo prazo: estas aves podem viver entre trinta a sessenta anos. No papo das avestruzes encontramos pequenas pedras, destinadas a facilitar a digestão dos alimentos, macerando-os.

Os antigos Egípcios criavam avestruzes devido ao seu interesse nos ovos (cada um dos quais leva cerca de duas horas a cozer). Também as suas penas são utilizadas há muito tempo (cerca de cinco mil anos) como adorno.

NOME CIENTÍFICO

Lophura edwarsi

Ordem: Galliformes

São reconhecidas duas subespécies, Lophura edwardsi edwardsi e Lophura edwardsi hatinhensis, mas é discutido se esta última deverá ser tratada como uma espécie distinta (Lophura hatinhensis). O faisão de Edward (Lophura edwardsi) é uma espécie rara e local, que vive no meio da vegetação densa das florestas húmidas com palmáceas e bambus, situadas nas vertentes orientais das montanhas de Annam Central, até aos 600 m de altitude. A subespécie Lophura edwardsi hatinhensis tolera alguma degradação do habitat.

Existe dimorfismo sexual. O macho apresenta esporões nas patas e tem a plumagem predominantemente azul-escura, com iridescências de cor verde na parte superior das asas. Possui, ainda, uma máscara facial vermelha e uma crista de penas brancas na cabeça. A fêmea é castanha e também tem uma máscara facial vermelha. As patas são vermelhas em ambos os sexos. A subespécie Lophura edwardsi hatinhensis tem as penas centrais da cauda brancas.

Alimentam-se de sementes, rebentos e insectos.

Servem-se do bico e das unhas para raspar e escavar o solo, procurando alimento. Raramente são observados no habitat natural e pouco se sabe sobre os seus hábitos em liberdade. Só se deslocam aos ramos das árvores para dormir ou obter refúgio.
Nidificam no solo. Na parada nupcial, o macho caminha em torno da fêmea, exibe a máscara facial, levanta o penacho e faz vibrar as asas e a cauda erguida no ar. As posturas são de quatro a sete ovos, cuja incubação dura 21 a 22 dias. Atingem a maturidade sexual com cerca de dois anos de idade.

Estatuto de conservação e factores de ameaça: É uma espécie em perigo. Pertence ao Ap. I da CITES. Tem sido ameaçada pela destruição do habitat e pela caça para alimentação humana.

VOCÊ SABIA?

O avestruz é a única ave do mundo que só tem dois dedos em cada pata. A maioria das aves possui quatro, e a ema, sua parente da América do Sul, tem três dedos em cada pata.

O avestruz é muito corajoso. Não é verdade que ele esconde a cabeça debaixo da terra quando fica assustado.

Por causa da carne e das penas, principalmente as grandes plumas brancas das asas e da cauda, o avestruz foi tão caçado que acabou extinto na Ásia e em várias regiões na África.

Hoje, existem criações de avestruzes em vários países da África, Europa, Ásia, Oceania e Américas, inclusive no Brasil. Já os avestruzes em liberdade só existem em alguns lugares do sul e oeste da África.

Cada ovo de avestruz pode medir 20 centímetros e pesar quase dois quilos. É o maior ovo do mundo, e tem uma casca tão forte que agüenta o peso um homem adulto.