terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Bicho Preguiça


Parece um macaco, muito peludo e sempre pendurado nas árvores, mas é muito parado para ser um macaco. Leva a vida em câmera lenta, o danado do bicho-preguiça.
A preguiça é um mamífero sem dentes que vive pendurado nas árvores brasileiras. Elas têm um rosto pequeno e parecem que estão sempre sorrindo. As preguiças só comem uma coisa: folhas de embaúba, uma árvore que por isso ficou conhecida como árvore-da-preguiça. Esses bichos são assim preguiçosos por causa do calor. Como eles têm o corpo coberto de pêlos grossos, não podem se agitar muito porque senão suam para valer.
Não existe apenas um tipo de preguiça. Algumas são acinzentadas e têm três dedos como os da espécie Bradypuus tridactylus. As preguiças da espécie Choloepus didactylus têm apenas dois dedos. Uma outra espécie, Bradypuus torquatus, conhecida como bicho-preguiça-de-coleira, tem pelagem amarelada e faixas negras na nuca. A preguiça-de-coleira está ameaçada de extinção.
O bicho-preguiça é um animal bem comum no Brasil. Será por isso que o brasileiro tem fama de preguiçoso? Acho que se pensarmos bem, não existe nenhum brasileiro tão paradão quanto um bicho-preguiça
preguiça, ou bicho-preguiça, é um mamífero brasileiro da ordem Xenarthra (anteriormente chamada de Edentata ou Desdentada), a mesma dos tatus e tamanduás), pertencente à família Bradypodidae (preguiças com três dedos) ou Megalonychidae (preguiças com dois dedos).
Todos os dedos têm garras longas pelas quais a preguiça se pendura aos galhos das árvores, com o dorso para baixo. Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina. Na Mata Atlântica, o animal se alimenta dos frutos da Cecropia (embaúba, conhecida por isto como árvore-da-preguiça)

De hábitos solitátios, a preguiça tem como defesa sua camuflagem, suas garras e os longos dentes. Herbívoro, tem hábitos alimentares restritos, o que torna difícil sua manutenção em cativeiro. Dorme cerca de 19 horas por dia, também pendurada nas árvores. Na reprodução dá apenas uma cria, e apenas a fêmea cuida do filhote. Reproduz-se, como tudo que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão. O seu principal predador é a onça-pintada.
Classificação
As preguiças modernas se dividem em dois gêneros: Bradypus, as preguiças-de-três-dedos e Choeloepus, as preguiças-de-dois-dedos. O número de dedos varia somente nas patas anteriores. Ambos os gêneros apresentam nas patas traseiras três artelhos. Apesar de terem modos de vida e aparências semelhantes, as preguiças não são parentes próximas. As do gênero Bradypus se aproximam mais dos membros da família Megaterídeos, enquanto as Choloepus pertencem aos Megaloniquídeos.
EspéciesFamília Bradypodidae: três dedosBradypus variegatus
Bradypus tridactylus o Bradypus torquatus
Família Megalonychidae: dois dedosCholoepus hoffmanni
Choloepus didactylus
Inclui também algumas espécies extintas de preguiça-gigante
 Distribuição geográfica
As preguiças vivem apenas nas matas do continente americano e estão divididas em seis espécies diferentes, que podem ter dois ou três-dedos nas patas anteriores.
Apesar de ocuparem o mesmo nicho ecológico, dificilmente se verifica a presença dos dois gêneros em uma mesma área.
No Brasil, existem as seguintes espécies de três-dedos:
Preguiça-comum
Preguiça-de-bentinho
Preguiça-de-coleira
Em 2001 foi descoberta uma nova espécie no Panamá, a preguiça-anã (B. pygmaeus)
A preguiça-de-dois-dedos (Choloepus didactylus) é encontrada da América Central até São Paulo, no Brasil.
A preguiça-real (Choloepus hoffmanni) vive nas florestas tropicais, desde a Nicarágua até o Brasil Central.
São animais de porte médio (cerca de 3,5 a 6 kg quando adultas), de coloração geral cinza, tracejada de branco ou marrom-ferrugem, podendo ter manchas claras ou negras. A pelagem pode parecer esverdeada graças à algas que se desenvolvem na sua pelagem servem de alimento para as lagartas de determinadas espécies de mariposa, que vivem associadas aos bichos-preguiça.
O pêlo cresce em sentido diferente dos demais mamíferos, isto é cresce do ventre em direção ao dorso. Essa adaptação se dá ao fato da preguiça passar quase o tempo todo de cabeça para baixo e isto ajuda a água da chuva correr sobre o corpo do animal.
Possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu modo de vida (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas).
Possuem 8 a 9 vértebras cervicais, o que lhes possibilita girar a cabeça 270° sem mover o corpo. Seus movimentos são sempre muito lentos e costumam dormir cerca de 14 horas por dia; por isso ganharam o nome.
A sua temperatura corporal é sempre muito próxima da do ambiente, sendo por isso considerados animais homeotérmicos imperfeitos.
Dieta
As preguiças alimentam-se de folhas novas de um número restrito de árvores, dentre as quais se conhece a embaúba, a ingazeira, a figueira, a tararanga. O estômago dos bichos-preguiça é um tanto semelhante ao dos animais ruminantes, pois é dividido em quatro compartimentos e contém uma rica flora bacteriana, que permite a digestão inclusive de folhas com alto teor de compostos naturais tóxicos.
Os dentes das preguiças não tem esmalte, por isso só se alimentam de brotos e folhas. Estão sempre crescendo devido ao contínuo desgaste. Por não ter incisivos, a preguiça parte as folhas usando seus lábios duros.
Podem também se nutrir lambendo as algas que crescem em seus pêlos.
As preguiças nunca bebem água pois a quantidade deste líquido que elas necessitam para viver é absorvida do próprio alimento, através das paredes intestinais, durante o processo de digestão.

Reprodução
A gestação da preguiça dura quase onze meses. O recém-nascido mede 20a25 cm e pesa cerca de 260 a 320 g. As fêmeas dos bichos-preguiça carregam o filhote nas costas e ventre durante aproximadamente os nove primeiros meses de vida. Durante esse período, a mãe protege o filhote, enquanto ele se prepara para sobreviver sozinho no ambiente da mata.
A expectativa de vida para uma preguiça varia de 30 a 40 anos.
Hábitos
Preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós, onde se penduram usando as garras que, embora possam parecer assustadoras, praticamente não servem para nenhuma defesa, devido á lentidão dos seus movimentos. Graças a essa lentidão, a sua coloração e ao fato de permanecerem na copa de árvores muito altas, é muito difícil enxergar as preguiças na mata. Mesmo assim, elas têm predadores naturais, como a Harpia, as onças e algumas serpentes.
Várias espécies de besouro e ácaro se alimentam das fezes das preguiças e usam esses animais principalmente como transporte (forésia).
Urinam e defecam apenas a cada 7 ou 8 dias, sempre no chão, próximo à base da sua árvore em que costuma se alimentar. Com isso, há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos á árvore através dos seus dejetos.
Apesar de lentas em terra, as preguiças são excelentes nadadoras.
Suas reações e até mesmo sua respiração são muito lentas, nada tira seu sossego e anda bem devagar. A visão e a audição da preguiça são fracas e ele se orienta pelo olfato.
É um mamífero de hábitos noturnos e vive em pequenos bandos.
Dormindo, seu pêlo comprido e espesso, pende da barriga para o dorso funcionando como proteção contra a chuva. Alimenta-se de folhas frescas de ingazeira, tararangá, embiruçu e embaúva.
 
Status de conservação
Atualmente, o principal predador desses animais é mesmo o homem, que as comercializa em feiras livres e nas margens de rodovias. A ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomoverem desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de sobrevivência, ficando totalmente expostas à caça e à captura.
A preguiça-de-três-dedos é muito procurada como animal de estimação. Contudo, seu metabolismo lento e adaptado as condições de vida na floresta mostra-se extremamente vulnerável a doenças, causando uma alta mortalidade entre animais em cativeiro.
Graças ao seu temperamento agressivo e a seus caninos afiados, a preguiça-de-dois-dedos não é valorizada como bicho de estimação.
Devido a seu habitat limitado à copa das árvores, e a seus hábitos alimentares especializados, a preguiça é muito afetada pela diminuição das florestas tropicais. Estima-se que venha a ser espécie ameaçada em futuro próximo.
No Brasil ocorrem todas as espécies de preguiças de três dedos, estando o B. torquatus restrito à Mata Atlântica.
Esse animal que tem um movimento cadenciado e preguiçoso é encontrado nas florestas tropicais úmidas de todo o mundo, inclusive em abundância no Brasil.
Na amazônia(maior floresta pluvial do mundo), encontramos o bicho-preguiça em abundância, é um representante dos mamíferos, parente do tamanduá.
Em vez de andar com pernas, como a maioria dos mamíferos, esse encantador "bicho" desenvolveu garras poderosas que lhe deram a segurança necessária para viver associado ao porte arbóreo das florestas (grandes árvores), vivendo ai grande parte de sua vida, só se movimentando de uma árvore para outra a busca de alimento.
O seu movimento lento é explicado em razão de suas pernas não a sustentarem, em razão disso, a preguiça se movimenta arrastando-se.
A imobilidade da preguiça é sua principal arma contra predadores, ficando a maior parte do tempo imóvel, onde muitas vezes é confundida com uma massa de folhas mortas, um ninho de térmitas ou um monte de fungos bolorentos.
Obs:.
A pouco tempo foi encontrado fóssil de um representante pré-histórico, o que explica sua grande incidência ao longo do tempo geológico. Bicho-preguiça gigante.
 (B. torquatus) que vive somente nos nos trecho da Mata Atlântica que vão do Rio de Janeiro ao sul da Bahia, sendo esta a espécie mais ameaçada de extinção. (B.tridactylus) que também vive na Venezuela, Bolívia, Rio Orinoco, Guianas (B. variegatus) que também é encontrada de Honduras ao norte da Argentina e todas as florestas do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário